Wednesday, April 22, 2009

Tive dúvidas a respeito do método que usarei pra escrever o diário! Como já se passou algum tempo desde então, as memórias já não estão tão frescas e as vezes se misturam um pouco. Também acontece que eu não estou escrevendo ele de uma vez só, vou escrevendo uma ou duas vezes por semana. Fato que acaba fazendo com que o meu estilo de escrita varie a cada novo post.

Pensei em me preocupar mais com isso, mas acho que não vale a pena. Sou um sujeito que desiste fácil de coisas assim, e se eu por algum obstáculo no meu caminho vou acabar deixando de escrever...

Seeendo assim, vou publicar aqui o rascunhão mesmo, os textos quentinhos que eu junto do meu caderno ou transcrevo aqui, diretamente! Logo, desconstruções frasais e variações de estilo e qualidade são extremamente normais, e não devem ser consideradas! =D



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Diário de bordo (póstumo) - II

Chegamos a tempo de nos alojarmos e nos prepararmos para o jantar. Durante a separação dos quartos, convenci o Márcio a ficar no meu quarto, que tinha uma cama vaga. Fato este que causou um pequeno problema com o Pablo, do Equador. Sujeito muito legal, cheio de ideias, mas eu não fui feliz ao tentar me comunicar com ele, o que acabou impedindo nossa aproximação.

Houve então o tal do sarau de recepção, onde alguns tocaram música, outros resolveram dançar, foi uma bagunça! Fiquei um pouco deslocado no começo, mais pelo meu estado melancólico de espirito do que pela receptividade dos colegas, mas isso foi mudando com o tempo.

Após alguns chimarrões solitários e silenciosos com Márcio, resolvi que iria tomar banho e ir dormir. Já era algo em torno de onze horas, acredito. Pois ao sair do banho a última coisa que pensei for ir dormir. Parecia incomodo ficar deitado. Nem sequer cheguei a tentar. Após a destroca de quarto (confusão que arranjei com o Pablo e com o Márcio), voltei para o saguão da churrasqueira, onde acontecia o primeiro GIN desta Conferência. Tornei a sentar no canto.

Então conheci Diego, de Rondônia. Diego, o bonitão de Rondonia. Gente finíssima! Estavam fazendo uma espécie de pesquisa e ele se aproximou para pedir que eu respondesse. Ou foi isso ou foi algo parecido. Em seguida começamos a conversar sobre algum assunto do questionário, coisa meio politica.

E então eu percebi que iniciar um assunto político com alguem lá dentro podia ser fatal. A noite estava condenada! As horas voavam enquanto o assunto brotava e tornava a conversa mais quente. Se aproximaram outros colegas, um pessoal do Sergipe, o Gui de SC... Algumas outras pessoas que talvez eu não lembre agora.

Quando finalmente fui deitar, estava satisfeito. Tinha certeza de que eu aproveitara aquela noite ao máximo. E me preparei para descansar em duas ou três horas o que normalmente eu levava a noite toda.

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Sunday, April 12, 2009

Diário de bordo (póstumo)

Tudo passa na cabeça da gente momentos antes da decolagem de um avião. Principalmente quando estamos presentes nele. As pessoas reagem de diferentes formas a qualquer tipo de situação, e num avião não é diferente.

Penso que eu tenha uma
reação controlada a esse tipo de situação.

Minha passagem diz que devo ficar na janela. Mas não estou na janela e isso não importa muito agora. Consegui ficar junto com
Sabrina e com o Márcio, mas fico pensando se não preferia ficar sozinho com o meu nervosismo. Talvez seja mais interessante ter companhia, mas não sei.

A aceleração desse monstro é impressionante. Não é minha primeira nem minha segunda viagem de avião, mas certo que isso me impressiona.

Sinto ele se afastar do chão, muito de leve. Quase não dá pra ter certeza de que estamos subindo. Logo a subida deixa de ser leve e passa a ser vertiginosa. Tanto que quase falta o ar. Olho pra
Sabrina, que aperta os olhos, e tento demonstrar tranquilidade e naturalidade. Não sei se funciona, nem sei se ela nota, mas me faz sentir melhor.

Não fosse a distância do chão, a pressão na cabeça e nos ouvidos, e a sensação de que a minha gente está ficando pra trás, eu não poderia deixar de me sentir apavorado por estar indo pra tão longe de casa, para junto de pessoas que eu desconheço, acompanhado de pessoas que, por mais que hoje eu tenha consideração, já tive muitas desavenças.

Ainda não estava apavorado, mas começara a ficar.

O que raios eu vou fazer ? Vou ter competência pra isso ? São onze dias longe de casa... E o clima seco ? E o clima quente ? E se eu passar mal ? E se eu não aguentar ? E se ninguem gostar de mim ?...

Nem bem me acostumo com o voo e já sinto a nave descer novamente. É como se esmagassem meu cérebro. Será que todo mundo sente tanto desconforto assim com a pressão? Pousar em
Congonhas... Que ótimo. Tento ficar com medo mas não consigo. Antes de eu sentir o pouso o avião já está no chão.

Uma hora em São Paulo e recomeça. O medo, a tensão, a vertigem. Mas dessa vez não é necessário sorrir. Não pude ficar junto de meus conterrâneos agora, então só o que tenho que fazer é enfiar a cabeça na janela e sentir o chão se afastando.

Chegar em Brasília foi um pouco mais estranho. Quem vai estar lá esperando a nossa chegada? Imaginei alguma mulher
semi-nova com uma plaquinha escrito "III CNIJMA", mas suspeitava de que não fosse assim.

A primeira coisa que pensei ao descer em Brasília foi: "
Cadê o ar dessa cidade!?!?" Sério, não imaginava que teria tantas dificuldades pra respirar. Isso me impressionou um pouco, negativamente.

Estou sentado com minhas malas ao lado da fonte do aeroporto. Alguns grupos de pessoas em volta, todas com malas e sotaques diferentes.
Sabrina tenta resolver um problema com sua mala, Márcio está sentado ao meu lado com um olhar vazio. Logo os horários dos próximos ônibus são anunciados, e percebemos que teremos de esperar.

Conheço, na
van que nos transporta pra Lusiania, meus dois futuros colegas de quarto. Um deles é mais calado, pequenino. O outro fala com uma paixão comovente, que faz seus olhos brilharem. Ambos de Tocantins, ambos pessoas gigantes. Compartilham conosco seus problemas e anseios, e já não sinto nenhum desconforto ou medo, sinto-me completamente a vontade.

Fecho os olhos, respiro fundo, e me preparo para entrar na atmosférica utópica de uma Conferência...

Thursday, April 09, 2009

Eis a carta das responsabilidades que foi tirada da Conferência e entregue as autoridades! (e que não foi entregue ao Lula pq era aniversário da patroa dele ¬¬)
enfim...
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Carta das Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanças Ambientais Globais

Somos jovens estudantes de diferentes regiões do Brasil na III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. Pequenos guerreiros da paz com o mesmo propósito e o meso desejo: cuidar do Brasil, mobilizando a população brasileira sobre as mudanças ambientais globais.

Reconhecemos o panorama ambiental nacional e nos comprometemos a lutar e defender o meio ambiente, não apenas buscando o conhecimento e o entendimento, mas também realizando ações para minimizar os problemas causadores de impactos ambientais.

Para isso, junto com milhares de escolas e comunidades em todo o país, assumimos as seguintes responsabilidades:

1. Preservaremos as nascentes e margens dos rios, protegendo as matas ciliares existentes e recuperando as que estão degradadas.

2. Praticaremos os 5 “R”: refletiremos sobre os processos de produção desde a matéria prima até a distribuição e o descarte; recusaremos produtos que causem danos ao meio ambiente e à nossa saúde; reduziremos o consumo e a geração de lixo; reutilizaremos sempre que possível e reciclaremos quando necessário.

3. Sensibilizaremos e estimularemos as escolas e comunidades para que economizem energia e utilizem fontes limpas, econômicas, acessíveis e renováveis.

4. Distribuiremos e plantaremos mudas e sementes para arborizar nossas escolas, ruas e comunidades.

5. Diminuiremos o uso de sacolas plásticas e adotaremos as biodegradáveis, reutilizáveis e embalagens retornáveis na nossa comunidade.

6. Junto com a comunidade escolar, denunciaremos as queimadas, as irregularidades do lixo urbano e qualquer ação que degrade o meio ambiente, propondo, quando necessário, ações corretivas aos órgãos competentes.

7. Somaremos esforços e experiências, repensaremos os modos de utilização da água e desenvolveremos novos valores e atitudes sustentáveis no cotidiano.

8. Mostraremos à comunidade a importância de reduzir os transportes poluentes, incentivaremos e cobraremos o investimento do governo em transporte público ecológico, assim minimizando a emissão de gases que intensificam o aquecimento global.

9. Disseminaremos conhecimentos para que os estudantes e a comunidade protejam e conservem o planeta, sensibilizando-os sobre as conseqüências do aquecimento global e sobre as possíveis soluções.

Nós, jovens brasileiros, estamos unidos e contribuindo para cuidar do planeta. Esse é o nosso compromisso. Pedimos o total apoio da sociedade brasileira: autoridades, poder público, movimentos sociais, ONGs, escolas e comunidades para que essas responsabilidades sejam cumpridas.

Vamos cuidar do Brasil? Junte-se a nós!

Lusiânia/GO, Abril de 2009

Thursday, April 02, 2009

Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente

Diario de bordo:

'Stou aqui em brasilia, bem belo, as 3:12 da manhã de quinta pra sexta.

Tivemos um "curso de treinamento" para receber os "delegadinhos" que vão vir de todas as partes do Brasil pra escolher as melhores responsabilidades ambientais, que vão se tornar uma "carta de responsabilidades" para ser entregue ao presidente Lula, após uma caminhada que faremos em Brasilia no dia sete, dia do encerramento da Conferência.

Tá tendo uma festa lá em cima, no auditório, com um monte de gente de varios estados.

Isso tudo é bem confuso.

O sotaque da gente fica prejudicado por causa das mil linguas que falamos aqui, e é demais!

Além de escolher as responsabilidades ambientais, os pequenos farão oficinas (dadas por nós, que tivemos dois dias pra aprender xD) sobre educomunicação.

A minha é de fanzines, e fanzine é um máximo! =D

Uma especie de revista-jornal-livro-folder que não é nada disso.

Fizemos o nosso, até! E pretendo fazer outros, pretendo sim.

Acho que devia dormir, mas é díficil tomar essa decisão. Tenho a impressão de que a qualquer momento algo mágico vai acontecer no grupo e eu tenho que estar presente pra ver. Alias, já tá me doendo estar nesse computador agora, e não lá perto, observando - no mínimo.

Ah, fui na enfermaria hoje fazer um check-up e está tudo bem. O enfermeiro/médico/jogador-de-play disse que meus sinais tão ótimos e estou clinicamente perfeito, para o meu caso. Isso não foi bom, porque me fez sentir confiante para tomar banho de piscina. =D

Ai, tanta coisa pra se dizer!...

Volto dia oito, galera! Talvez eu consiga até ir na uni ainda...

O foda é perder de ver o GRE-nal... =/

^^'