Tuesday, October 17, 2006

Já fazem quatro anos... É cliché dizer isso, mas parece que foi ontem.
Parece que faz uma semana que não a vejo. Que está ao meu alcance ligar pra ouvir sua voz... que basta marcarmos algo juntos pra matar a saudade...

Já fazem quatro anos... Quatro anos que certamente foram os principais de toda a minha vida. Quatro anos, que continuo fingindo que tudo não passou de uma brincadeira, de algo que me contaram, de uma história...

Já fazem quatro anos... Quatro anos que conheci alguem que mudou minha vida. Mudou pela primeira vez. Transformou totalmente minha maneira de ser... Enxeu de alegria a minha vida e o meu coração... E depois se foi.

Hoje, faria dezessete anos. Eramos crianças: Ela, genuinamente pura e infantil; eu, até conhece-la, brincava de ser adulto, cedo demais pra dar certo. Faria dezessete anos hoje... e é por isso que dedico a ela, esse post.

Não, eu não guardei na memória, durante tanto tempo, o aniversário dela não... Achei guardado esses tempos... em um caderno antigo... Eu sempre penso mais nela nessa época de fim de ano, mas nunca lembrei do dia não... ^^

Ah! mas tem muita coisa que lembro com clareza... Até queria, as vezes, poder esquecer... Mas logo essa saudade imensa se transforma em gratidão, em um amor que duvido que vá passar um dia. Apenas transformar-se aos poucos, em lembranças de um tempo que era bom. Lembranças que me enxem de um misto de alegria e saudade.

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"Desperto e ponho-me de joelhos.
Não era um sono, era um sonho...
e ainda não acordei.
Está quase escurecendo...
Porque eu sinto isso ?
Ela ali... deitada... adormecida...
Será que ?...
Meu Deus, como é linda!
Queria poder passar o resto dos meus dias olhando pra ela.
Eu nunca fui assim...
Mas nunca faria nada de mal a ela...
Nada que pudesse magoá-la.
Seus cabelos bagunçados... sua blusa transparente...
A cada tarde que passo à seu lado percebo o quanto a amo.
'Eu te amo...' Digo eu baixinho...
'Eu te amo...' Digo no seu ouvido. Ela sorri...
'Preciso ir...' Digo sem vontade.
Não sei se foram dois segundos ou dez minutos...
Pois quando ela abriu os olhos, parei de contar o tempo.
Só pude reagir quando ela me beijou e disse...
'Te levo até o portão'
O cheiro dela impregnava minha roupa
Não havia ninguem em casa
Esse foi o retrato dos dias mais perfeitos que vivi na minha vida.
'Te vejo amanha?' Pergunta ela...
'Te vejo hoje, nos meus sonhos...'"
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Esse certamente eh o maior post que já fiz até oj nesse blog, exceto talvez pela minha auto-descrição :D
Mas enfim, acho que nem gostaria que todo mundo lesse mesmo... era só pra poder guardar isso em outro lugar, que nao seja dentro de mim.

*Feliz Aniversário, amor!*

Sunday, October 15, 2006

- II -

Jardim em solo branco
Oh! belo jardim.
Flores brancas ocupam o solo em um espaço consideravel.
Em outro espaço, identico, flores amarelas...
Em outro, vermelhas...
E assim infinitamente.
Todas idênticas, exceto a cor.
Colho uma ou duas destas...
"Quem dera pudesse levá-las" penso eu.
Não é um bom lugar pra se passar a eternidade...
Mas é bom pra escrever.

Hora de voltar pra cama.

Friday, October 13, 2006

- I -

Chego à bela terra...
Neste lugar, o ar tem som de harpas.
Eis que surgem marchando
Os belos Anjos, imponentes.
Desfilam divinamente.
Alguns eu cumprimento
Ao mais íntimo, brinco:
"Passa em paz, belo passante
Já que minha presença maldita em nada te vale."
E ele me olha gélido, frio...
Eu rio, acostumado.
Estou longe ainda
Da lingua dos Anjos.
Finalmente encontro:
A linda fonte de luz
Procuro um frásco, para guardá-la
Mas logo acordo.
Quem sabe em uma noite mais longa.

Tuesday, October 03, 2006

Poema de Interjeições...

Sinto-me otimista essa tarde...
Embora tantas vezes já tenha estado melhor.
O vento torna tudo mais fácil,
e mais dificil.
Ah!... esse cheiro do entardecer me é tão querido
e tão cruel.

Vejo-me sozinho em lugar algum.
Tudo é cinza e opáco
Parecendo um tanto desbotado.
Luzes piscantes me cegam.
Pertumbam-me um bocado.
De olhos fechados, posso ouvir com clareza
O silencio dos espiritos, consolados.
Me avisam para nunca ter certeza:
"O que é certo quase sempre dá errado."
Ah! esse cheiro umbral que me alucina
e me devora.

Volto, olho meus olhos no espelho.
Olhos escuros e cerrados.
Percebo, indiferente, a ausencia de vida dentro de mim...
Exceto por um sorriso deslocado.
Que renova o brilho de meus olhos viajados.
Ah! essa minha alma já tão velha...
e tão cheia de vida
e de saudade.

De tantas metáforas e analogias.
Meias verdades e mentiras.
Gerou em mim, tantos desejos
Desejos que se contradizem, viram nada.
Meu unico desejo agora...
É o de desejar com mais vontade
Coisas que sei nunca vou ter.
E prometo à ti então,
jamais desistirei!
Enquanto não alcançar o impossivel.
Assim, talvez, eu viva pra sempre.
Ah! como é atrevida a morte!
que é o ultimo desejo que Deus nos dá
em vida.